segunda-feira, 19 de março de 2012

EXERCITANDO: ROMA


APROFUNDAMENTO – ROMA

1. O Escravismo constituiu-se em uma das mais importantes instituições das chamadas sociedades clássicas - Grécia e Roma. Sobre o Escravismo Romano, é correto afirmar:

a) Durante a fase final da República romana, o número de escravos diminuiu sensivelmente, aumentando a importância dos camponeses e artesãos livres.
b) Devido à proliferação de movimentos abolicionistas cada vez mais organizados, a escravidão em Roma foi abalada e, posteriormente, acabou sendo extinta.
c) Embora a maioria dos escravos fossem destinados aos serviços pesados, alguns deles exerciam atividades especializadas, como médicos, dançarinos, músicos e professores.
d) Entre o crescimento do cristianismo e o fim do escravismo em Roma, não há uma relação direta, pois a Igreja nascente ignorou os escravos.
e) Na fase de desagregação do Império, a mais belicosa da história romana, o número de escravos elevou-se consideravelmente, barateando o preço e popularizando o uso dessa mão-de-obra.

2. Considere a ilustração:


Durante muitos séculos, os antigos romanos divertiram-se com a atuação dos gladiadores nos chamados espetáculos públicos, que utilizavam diferentes tipos de armas, permitidas pelas autoridades de Roma, como as que podem ser observadas na ilustração. Esses gladiadores eram recrutados, principalmente, entre

a) homens poderosos da plebe.
b) cidadãos da nobreza romana.
c) servos dos latifúndios estatais.
d) escravos das áreas dominadas.
e) heróis das conquistas romanas.

3. O escravismo antigo foi uma invenção do mundo greco-romano que forneceu a base última tanto das suas realizações como do seu eclipse. Sobre esse sistema, assinale o que for correto.

(01) Nas duas grandes épocas clássicas da Antiguidade, a Grécia dos séculos V e IV a.C. e Roma do século II a.C. ao II d.C., a escravatura foi massiva.
(02) A liberdade e a escravatura helênicas eram indivisíveis: cada uma delas era condição estrutural da outra.
(04) As cidades-Estado gregas tornaram a escravatura pela primeira vez absoluta na forma e dominante na extensão, transformando- a de recurso subsidiário em modo de produção sistemático.
(08) Instituição solidamente enraizada nas sociedades antigas, não foi proposta sua abolição: mesmo nas grandes rebeliões de escravos, os revoltosos em geral almejavam a liberdade individual e não a supressão do sistema.
(16) A manumissão, concessão de liberdade ao escravo, foi uma prática generalizada na Roma escravista.

4. Os costumes e leis romanas abriam possibilidades para que, em certos casos, o liberto se tornasse cidadão, ao contrário do que acontecia na Grécia pré-romana. Nesse sentido, é correto afirmar que na sociedade romana

a) os escravos teriam o direito de adquirir a alforria de modo incondicional, embora os seus descendentes libertos não gozassem desse privilégio por serem considerados cidadãos de segunda ordem.
b) o pecúlio era uma propriedade exclusiva do liberto e do escravo, de modo que este poderia concedê-lo a um filho, à esposa ou então a um outro escravo que não tivesse direito legal da propriedade.
c) as fontes históricas provam que a escravidão  romana era a mais humanitária do mundo antigo, tanto que os libertos, sem exceção, exerciam altas funções políticas, podendo ocupar uma função religiosa.
d) a concentração de libertos era uma das mais altas, o que evitou diversas formas de resistência servil e de revoltas escravas, como a de Spartacus, que abalou a democracia ateniense.
e) Embora o liberto não pudesse, em princípio, aspirar a cargos oficiais e ingressar em ordens privilegiadas, como as senatorial e eqüestre, os seus descendentes poderiam ter essa prerrogativa.

5.            "Os animais da Itália possuem cada um sua toca, seu abrigo, seu refúgio. No entanto, os homens que combatem e morrem pela Itália estão à mercê do ar e da luz e nada mais: sem lar, sem casa, erram com suas mulheres e crianças. Os generais mentem aos soldados quando, na hora do combate, os exortam a defender contra o inimigo suas tumbas e seus lugares de culto, pois nenhum destes romanos possui nem altar de família, nem sepultura de ancestral. É para o luxo e enriquecimento de outrem que combatem e morrem tais pretensos senhores do mundo, que não possuem sequer um torrão de terra.
                (Plutarco, Tibério Graco, IX, 4. In: PINSKY, J. "100 Textos de História Antiga". São Paulo: Contexto, 1991. p. 20.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, pode-se afirmar que a Lei da Reforma Agrária na Roma Antiga

a) proposta pelos irmãos Graco, Tibério e Caio, era uma tentativa de ganhar apoio popular para uma nova eleição de Tribunos da Plebe, pois pretendiam reeleger-se para aqueles cargos.
b) proposta por Tibério Graco, tinha como verdadeiro objetivo beneficiar os patrícios, ocupantes das terras públicas que haviam sido conquistadas com a expansão do Império.
c) tinha o objetivo de criar uma guerra civil, visto que seria a única forma de colocar os plebeus numa situação de igualdade com os patrícios, grandes latifundiários.
d) era vista pelos generais do exército romano como uma possibilidade de enriquecer, apropriando-se das terras conquistadas e, por isto, tinham um acordo .rmado com Tibério.
e) foi proposta pelos irmãos Graco, que viam na distribuição de terras uma forma de superar a crise provocada pelas conquistas do período republicano, satisfazendo as necessidades de uma plebe numerosa e empobrecida.

6. Sobre a crise da República e o surgimento do Império Romano, é correto afirmar que:

a) foi ocasionada pelo êxodo rural e pelas crises de abastecimento, que geraram conflitos civis e constantes convocações de ditadores, generais e triunviratos.
b) foi ocasionada por causa do descontentamento dos plebeus frente ao monopólio da política nas mãos das elites patrícias, e, frente a isso, os plebeus passaram a reivindicar seus direitos, recusando-se a fazer parte do exército.
c) foi ocasionada por causa da expansão territorial romana para fora da península Itálica. A conquista da supremacia no mar Mediterrâneo despertou a hostilidade dos cartagineses, que acabaram contribuindo para a instabilidade da República.
d) foi ocasionada em função da revolta liderada pelo gladiador Espártaco, que organizou uma rebelião escrava com a finalidade de tornar-se imperador.
e) foi ocasionada por causa do colapso do sistema escravista, causado pelo fim das guerras de conquistas e a perda da principal fonte de mão-de-obra: os prisioneiros escravizados.

7. Leia as afirmativas sobre a República Romana (509-27 a.C.).

I. Nos primeiros tempos da República, a sociedade era composta por apenas dois setores: os patrícios e os escravos.
II. Os escravos, pouco numerosos no início da República, cresceram numericamente com as guerras de conquista.
III. Entre as funções públicas em Roma, havia os cônsules, os pretores e os tribunos da plebe.
IV. Em 494 a.C., plebeus rebelados se retiram para o Monte Sagrado, ameaçando fundar outra cidade se não tivessem, entre outras reivindicações, o direito de eleger seus próprios magistrados.
V. Com o expansionismo romano e as suas conquistas territoriais, houve um grupo especialmente beneficiado: os plebeus, que passaram a vender trigo para os povos dominados.

São corretas as afirmativas
a) I, II e III, apenas.
b) II, III e IV, apenas.
c) II, III, IV e V, apenas.
d) III, IV e V, apenas.
e) I, II, III, IV, V.

8. O crescimento do Império Romano contribuiu para aumentar suas dificuldades administrativas. O Direito teve uma importância fundamental na superação dessas dificuldades. Na história do Ocidente, o Direito Romano:

a) foi superado pelos ensinamentos trazidos pelos mestres bizantinos da Idade Média.
b) mantém um lugar de destaque nos estudos das normas sociais existentes na Antigüidade.
c) teve uma importância ilimitada ao mundo europeu medieval, sendo esquecido pelos modernos.
d) conseguiu firmar-se no mundo europeu, mas manteve-se desconhecidos nas culturas orientais.
e) está superado no mundo atual, não merecendo atenção dos estudos jurídicos contemporâneos.

9. Leia atentamente os textos:

                "Arrio dizia 'rúbrica' em vez de rubrica / e por pudico 'púdico' dizia / e achava que falava tão incrivelmente / que se podia 'púdico' dizia. / Creio que assim a mãe, assim o tio liberto, / assim o avô materno e a avó falavam. / Foi à Hispânia e os ouvidos descansaram todos; / as palavras soavam leves, lindas / e tais palavras nunca mais ninguém temeu. / Súbito chega a hórrida notícia: / os iberos, depois que Arrio foi para lá, / Iberos já não eram, eram 'Íberos'."
                (Gaius Valerius Catullus. Poema 84 (Texto do século I a.C.). Tradução poética de João Ângelo Oliva Neto. In: FUNARI, P.P.A. "Antigüidade clássica: a história e a cultura a partir de documentos". Campinas: Editora da Unicamp, 1995. p.1.)

                "Mais ou menos na mesma época, o Senado discutiu o comportamento ofensivo dos ex-escravos. Houve uma argumentação geral no sentido de que os proprietários tivessem o direito de retirar a liberdade de ex-escravos que não a merecessem. [...] Nero duvidava sobre a decisão [...]. Há ex-escravos por toda parte. A maioria dos eleitores está formada por ex-escravos, como também ocorre com os assistentes dos magistrados, os auxiliares dos sacerdotes, a patrulha noturna e os bombeiros; a maioria dos eqüestres e muitos dos senadores são descendentes de ex-escravos [...]".
                (Publius Cornelius Tacitus. Anais (XIII, 26-7) (texto do século I d.C.). In: CARDOSO, C. F. "Trabalho compulsório na Antiguidade". Rio de Janeiro: Graal, 1984. p.140-1.)

De acordo com os textos e com os conhecimentos sobre o tema é correto afirmar:

a) Iniciou-se neste período, de acordo com o édito de Nero, um processo de reformas no latim erudito, visando torná-lo mais acessível às classes populares em ascensão na sociedade romana, devido ao desenvolvimento comercial.
b) A ausência de transformações sociais em Roma fez com que o Senado desejasse retirar a liberdade de ex-escravos, pois estes, sendo tão numerosos, impediam o desenvolvimento comercial e fabril.
c) Embora os ex-escravos fossem motivo de chacota para muitos membros da elite romana, Nero deveria promover uma reforma política, ampliando os direitos econômicos das classes pobres que se agitavam em razão da escassez de gêneros alimentícios.
d)  As transformações sociais expressas pela linguagem dos referidos autores demonstram que o latim perdeu a força unificadora do Império, dando lugar às línguas locais como o português, o espanhol, o italiano e o francês.
e) Processava-se uma ruptura na sociedade romana, pois os ex-escravos, motivo de zombaria das elites, com o passar do tempo tornaram-se numerosos, tendo ascendido até as mais elevadas categorias sociais.

10. A história política da Roma antiga é dividida em três etapas: a Monarquia, a República e o Império.
Sobre a participação dos plebeus no Regime Republicano, é correto afirmar:

a) a instalação da República foi um ato revolucionário dos plebeus, que afastaram os patrícios do poder, criando a Assembléia Popular.
b) a criação da Assembléia da Plebe resultou da resistência dos plebeus contra o controle do poder político republicano nas mãos dos patrícios.
c) o envolvimento da plebe na "res publica" (coisa pública) romana rompeu com a estrutura social, afastando os patrícios do poder.
d) o controle do poder pelos plebeus, criando leis populares, justificou o apoio dos patrícios à instalação do Império de Júlio César.

11. "ELEFANTES - Vendo. Para circo ou zoológico. Usados mas em bom estado. Já domados e com baixa do exército. Tratar com Aníbal." (p. 143)
"TORRO TUDO - E toco cítara. Tratar com Nero." (p.144)
                VERISSIMO, Luis Fernando. O Classificado através da História. In: "Comédias para se ler na escola". São Paulo: Objetiva, 2001.

Sobre Roma na Antigüidade, é CORRETO afirmar que:

(01) Aníbal foi um conhecido comandante de Cartago, que combateu os romanos  durante as Guerras Púnicas.
(02) as Guerras Púnicas, que envolveram Cartago e Roma, aconteceram no contexto da expansão territorial romana.
(04) a expansão territorial acabou se revelando um fracasso. Isto pode ser percebido pela ausência de alterações nos hábitos da sociedade romana nos períodos que se sucederam.
(08) o domínio de Roma no Mediterrâneo favoreceu o fim da República e a ascensão do Império.
(16) Nero foi um governante de Roma conhecido pelo apoio que prestou aos cristãos, sendo responsável por elevar o Cristianismo a religião oficial do Império Romano.
(32) o período de governo de Nero é conhecido como um momento de decadência do Império Romano, cujos motivos estão, entre outros, nos graves problemas sociais causados pela existência de uma cidadania restrita e pelos abusos administrativos.
(64) a escravidão, embora presente, nunca foi economicamente relevante na sociedade romana.

12. Leia o texto a seguir:

"A crise desencadeada na sociedade romana pela transformação acelerada das estruturas sociais ocorrida após a segunda guerra púnica atingiu em meados do século II a.C. uma fase em que se tornava inevitável a eclosão de conflitos declarados. A agudização das contradições no seio da organização social romana, por um lado e, por outro, as fraquezas cada vez mais evidentes do sistema de governo republicano tiveram como resultado uma súbita eclosão das lutas sociais e políticas."
                Fonte: ALFOLDY, G. "A História Social de Roma". Tradução de Maria do Carmo Cary. Lisboa: Editorial Presença, 1989, p. 81.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir.

I. Na revolta dos escravos, as frentes estavam bem definidas, pois tratava-se principalmente de uma luta dos escravos rurais contra os seus senhores e contra o Estado romano, que protegia estes últimos. Este período iniciou-se com a primeira revolta de escravos na Sicília e terminou com a revolta de Espártaco.
II. As revoltas dos habitantes das províncias e dos itálicos podem ser consideradas movimentos de camadas sociais homogêneas. Os seus objetivos eram a luta pela libertação dos membros de uma camada social oprimida e não a libertação de comunidades, Estados ou povos outrora independentes da opressão do Estado romano.
III. Um dos conflitos mais significativos tinha lugar entre os cidadãos romanos, divididos em grupos, com objetivos opostos. O objetivo primeiro de uma das facções, a dos políticos reformistas, era resolver os problemas sociais do proletariado de Roma; a ela se opunha a resistência da oligarquia, igualmente numerosa.
IV. Nas últimas décadas da República, o objetivo primordial dos conflitos passou a ser a conquista do poder de Estado. A questão era saber se esse poder seria exercido por uma oligarquia ou por um único governante. A conseqüência última destes conflitos não foi a mudança da estrutura da sociedade romana, mas a alteração da forma de Estado por ela apoiada.

A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, III e IV.

13. "Para ganhar o favor popular, o candidato deve conhecer os eleitores por seu nome, elogiá-los e bajulá-los, ser generoso, fazer propaganda e levantar-lhes a esperança de um emprego no governo. (...) Talvez sua renda privada não possa atingir todo o eleitorado, mas seus amigos podem ajudá-lo a agradar a plebe. (...) Faça com que os eleitores falem e pensem que você os conhece bem, que se dirige a eles pelo seu nome, que sem parar e conscienciosamente procura seu voto, que você é generoso e aberto, que, mesmo antes do amanhecer, sua casa está cheia de amigos, que todas as classes são suas aliadas, que você fez promessas para todo mundo e que as cumpriu, realmente, para a maior parte das pessoas."
                (Marco Túlio Cícero, "Notas sobre as eleições")

As práticas políticas na antiga Roma nos fazem refletir sobre as atuais. Essas palavras de Cícero (106-43 a.C.) revelam
a) a concessão de favores, por parte dos eleitores, para cativar os candidatos.
b) a necessidade de coagir o eleitorado para conseguir seu apoio.
c) o desinteresse da população diante do poder econômico dos candidatos.
d) a existência de relações clientelistas entre eleitores e candidatos.
e) a pequena importância das relações pessoais para o sucesso nas eleições.

14. Após a expansão no Mediterrâneo, a sociedade romana experimentou uma série de mudanças.

I - Com o enriquecimento geral da população, não houve mais necessidade de escravos.
II - Multiplicou-se o número de desocupados nas cidades, em virtude do aumento da mão-de-obra escrava.
III - A religião sofreu uma grande reforma face às influências monoteístas oriundas do Oriente, já no início do Império.
IV - Houve o enriquecimento da minoria patrícia, enquanto que a maioria plebéia empobreceu, aumentando o número de clientes.
V - A conquista do Oriente trouxe uma orientalização dos costumes e a tendência à divinização dos imperadores.

São afirmações corretas:
a) I, II e V.
b) I, III e IV.
c) I, III e V.
d) II, III e IV.
e) II, IV e V.

15. O período que vai de 133 a. C. a 27 a.C. é um dois mais conturbados da história romana. Sucessivas guerras civis conduziram à desintegração da República e à implantação do Império. Sobre este período, são corretas as proposições:

I. Os irmãos Tibério e Caio Graco foram assassinados, ao defenderem interesses patrícios em questões polêmicas, como a da reforma agrária.
II. As disputas, entre facções do exército pelo controle do poder, levaram os generais políticos Caio Mário e Cornélio Sila a uma violenta guerra civil que resultou no fortalecimento do Partido Popular e na vitória de Mário.
III. O primeiro triunvirato (César, Pompeu e Crasso) foi um acordo entre políticos e generais para controlar o poder e diminuir a tensão social, porém, na prática, acentuaram ainda mais a instabilidade política da república.
IV. Júlio César chegou ao poder com apoio do exército e da plebe, mas, ao acumular poderes excessivos, sofreu forte oposição do Senado, sendo, por isto, assassinado em 44 d. C.
V. O Segundo Triunvirato (Marco Antônio, Otávio e Lépido) culminou com a vitória de Otávio que, promovendo reformas políticas, acabou por implantar o Império.

a) I, III e V
b) II, IV e V
c) III, IV e V
d) I, II e III
e) II, III e IV

16. Muitos estudiosos vêem as raízes do Carnaval nas Bacanais, festas romanas celebradas em honra a Baco (também conhecido como Dionísio, entre os gregos), deus do vinho e da embriaguez, da colheita e da fertilidade. Nessas festas, além de se beber muito vinho, cantava-se, dançava-se e representavam-se cenas mitológicas da vida do deus. Baco era representado em carro enfeitado e cercado pelas Bacantes, mulheres cobertas apenas por peles de leão que, tomadas de delírio, gritavam e se contorciam em danças frenéticas.
                (Adaptado de "Dicionário de Mitologia Greco-Romana", São Paulo, Abril Cultural, 1973.)

Comparando-se as Bacanais com os desfiles das Escolas de Samba verifica-se, nos dois,

I - a existência de um momento especial, para os que participam das festividades, em que se pode manifestar alegria, prazer e sensualidade.
II - a expressão dos movimentos da vida através dos movimentos rítmicos da dança.
III - a presença de dramatizações, fantasias, alegorias.
IV - a ocasião em que são consentidas manifestações de desregramento e desrepressão social.

Estão corretas
a) I, II, III e IV.
b) I, II e III apenas.
c) I e III apenas.
d) II, III e IV apenas.
e) II e IV apenas.

17. As raízes do Carnaval têm sido associadas a antigas celebrações religiosas anteriores à época de Cristo, como a Saturnália, em memória a Saturno, deus romano. Durante essas celebrações, distinções sociais não eram levadas em consideração, os escravos davam ordens aos seus senhores e esses os serviam à mesa, interrompiam-se as hostilidades e os escravos percorriam as ruas cantando e se divertindo na maior desordem.
                (Adaptado de Cláudia Lima, "Um sonho de folião", Recife, Editora Bagaço, 1996.)

Pela descrição feita, é possível identificar a seguinte relação entre a Saturnália e o Carnaval: ambos

a) ameaçam a preservação da hierarquia social.
b) expressam a solidariedade que existe entre as classes dominantes e dominadas.
c) permitem a inversão temporária de papéis sociais.
d) foram instituídos por escravos.
e) são importantes porque reforçam as instituições democráticas.

18. Por cerca de cinco séculos, a Roma antiga reinou sobre uma imensa formação imperial. Em relação aos elementos constitutivos desse Império, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações a seguir.

(     ) O sistema econômico imperial repousava sobretudo na exploração de tributos impostos ao mundo conquistado (as províncias) em proveito dos conquistadores romanos.
(     ) O uso do latim na administração e no Exército fez dessa língua o instrumento oficial de comunicação na parte ocidental do Império.
(     ) A crise final do Império esteve ligada ao aumento excessivo do trabalho escravo, que arruinou os pequenos proprietários rurais e os camponeses pobres.
(     ) O Édito de Caracala concedeu a cidadania a todos os homens livres do Império.
(     ) Em nome da "Pax Romana", os estrangeiros era rigorosamente proibidos de entrar na capital do Império.

A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo é
a) F - F - V - V - V.
b) V - V - F - F - F.
c) V - V - F - V - F.
d) V - F - V - F - V.
e) F - F - V - F - V.

19. O Cristianismo niceno tornou-se religião oficial do Império Romano no ano de 380 d.C., com o famoso Édito de Tessalônica, outorgado pelo Imperador Teodósio. Até esse momento, a caminhada havia sido dura e difícil para os seguidores de Cristo. Exemplo disso foram as perseguições movidas por alguns imperadores romanos, em toda a extensão do Império, eternizadas pelos relatos fantásticos e emotivos de vários escritores e historiadores cristãos. É correto apontar como principais causas dessas perseguições:

(01) A recusa da comunidade cristã em realizar o culto à figura do Imperador, considerado como eixo ideológico central do poder imperial.
(02) A constante penetração de elementos cristãos, seja nas filas do exército imperial romano, seja em cargos administrativos de elevada importância; temia-se que os cristãos pudessem servir de "mau" exemplo em termos tanto políticos como ideológicos.
(04) A associação entre os cristãos e os inimigos bárbaros, que punha em risco a estabilidade política e religiosa interna do mundo imperial romano.
(08) Aspectos de índole moral, na medida em que os cristãos eram acusados pelos pagãos de realizar orgias e assassinatos de crianças em seus rituais.
(16) A acusação de que os cristãos agiam como promotores da instabilidade interna do Império, enfraquecendo-o no campo político-institucional.

Soma (       )

20. A perseguição e repressão aos cristãos, por imperadores romanos, estendeu-se até o século IV, quando ocorreu uma alteração decisiva nas relações entre o cristianismo e o poder imperial romano. A esse respeito é CORRETO afirmar:

a) O cristianismo passou de religião perseguida a religião oficial do império romano, e o poder imperial aproveitou o prestígio crescente da religião surgida na Palestina para ampliar sua sustentação política.
b) A oficialização do cristianismo representou um alívio para as finanças do Estado romano, que se desobrigou de financiar os templos e os sacerdotes dos inúmeros cultos pagãos do império.
c) A oficialização do cristianismo promoveu a abolição da escravatura em todo o império, razão pela qual tornou-se a religião mais popular da Antigüidade.
d) A tolerância ao culto cristão só foi concedida devido ao reconhecimento, por parte das autoridades da Igreja, da sacralidade da função do imperador, considerado divino entre os homens.
e) Apesar das iniciativas de Constantino e Teodósio, a Igreja cristã só foi oficializada na parte Oriental do Império que, com isso, reuniu forças suficientes para resistir às invasões do século V.

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