1. (Puccamp)
Não, é nossa terra, a terra do índio. Isso que a gente quer mostrar pro Brasil:
gostamos muito do Brasil, amamos o Brasil, valorizamos as coisas do Brasil
porque o adubo do Brasil são os corpos dos nossos antepassados e todo o
patrimônio ecológico que existe por aqui foi protegido pelos povos indígenas.
Quando Cabral chegou, a gente o recebeu com sinceridade, com a verdade, e o
pessoal achou que a gente era inocente demais e aí fomos traídos: aquilo que
era nosso, que a gente queria repartir, passou a ser objeto de ambição. Do
ponto de vista do colonizador, era tomar para dominar a terra, dominar nossa
cultura, anulando a gente como civilização.
(Revista
"Caros Amigos". ano 4. no. 37. Abril/2000. p. 36).
A respeito do início da colonização, período
abordado pelo texto, pode-se afirmar que a primeira forma de exploração
econômica exercida pelos colonizadores, e a dominação cultural e religiosa
difundida pelo território brasileiro são, respectivamente,
a) a plantation no Nordeste e as bandeiras
realizadas pelos paulistas.
b) a extração das "drogas do sertão" e a
implantação das missões.
c) o escambo de pau-brasil e a catequização
empreendida pela Companhia de Jesus.
d) a mineração no Sudeste e a imposição da "língua
geral" em toda a Colônia.
e) o
cultivo da cana-de-açúcar e a "domesticação" dos índios por meio da
agricultura.
2. (Mackenzie) Enquanto os portugueses escutavam a
missa com muito "prazer e devoção", a praia encheu-se de nativos.
Eles sentavam-se lá surpresos com a complexidade do ritual que observavam ao
longe. Quando D. Henrique acabou a pregação, os indígenas se ergueram e
começaram a soprar conchas e buzinas, saltando e dançando (...)
Náufragos Degredados e Traficantes
(Eduardo Bueno)
Este contato amistoso entre brancos e índios
preservado:
a) pela Igreja, que sempre respeitou a cultura
indígena no decurso da catequese.
b) até o início da colonização quando o índio,
vitimado por doenças, escravidão e extermínio, passou a ser descrito como sendo
selvagem, indolente e canibal.
c) pelos colonos que escravizaram somente o
africano na atividade produtiva de exportação.
d) em todos os períodos da História Colonial
Brasileira, passando a figura do índio para o imaginário social como "o
bom selvagem e forte colaborador da colonização".
e)
sobretudo pelo governo colonial, que tomou várias medidas para impedir o
genocídio e a escravidão.
3. (Fatec) Dentre as características gerais do
período pré-colonizador destaca-se
a) o grande interesse pela terra, pois as
comunidades primitivas do nosso litoral produziam excedentes comercializados
pela burguesia mercantil portuguesa.
b) o extermínio de tribos e a escravização dos
nativos, efeitos diretos da ocupação com base na grande lavoura.
c) a montagem de estabelecimentos provisórios em
diferentes pontos da costa, onde eram amontoadas as toras de pau-brasil, para
serem enviadas à Europa.
d) a distribuição de lotes de terras a fidalgos e
funcionários do Estado português, copiando-se a experiência realizada em ilhas
do Atlântico.
e) a
implantação da agromanufatura açucareira, iniciada com construção do Engenho do
Senhor Governador, em 1533, em São Vicente.
4. (Fgv) Sobre os povos dos sambaquis, é incorreto
afirmar que:
a) sendo nômades, ocuparam a faixa amazônica,
deslocando-se durante milhares de anos, do Marajó a Piratininga;
b) sedentários, viviam da coleta de recursos
marítimos e de pequenas caças;
c) as pesquisas arqueológicas demonstram que tais
povos desenvolveram instrumentos de pedra polida e de ossos;
d) na chegada dos primeiros invasores europeus,
esses povos já se encontravam subjugados por outros grupos sedentários;
e) esses
povos viveram na faixa litorânea, entre o Espírito Santo e o Rio Grande do Sul,
basicamente dos recursos que o mar oferecia.
5.
(Fuvest) Os portugueses chegaram ao território, depois denominado Brasil, em
1500, mas a administração da terra só foi organizada em 1549. Isso ocorreu
porque, até então,
a) os
índios ferozes trucidavam os portugueses que se aventurassem a desembarcar no
litoral, impedindo assim a criação de núcleos de povoamento.
b) a
Espanha, com base no Tratado de Tordesilhas, impedia a presença portuguesa nas
Américas, policiando a costa com expedições bélicas.
c) as forças e atenções dos portugueses convergiam
para o Oriente, onde vitórias militares garantiam relações comerciais
lucrativas.
d) os franceses, aliados dos espanhóis, controlavam
as tribos indígenas ao longo do litoral bem como as feitorias da costa
sul-atlântica.
e) a
população de Portugal era pouco numerosa, impossibilitando o recrutamento de
funcionários administrativos.
6. (Mackenzie) E então, por cerca de trinta anos,
aquele vasto território seria virtualmente abandonado pela Coroa portuguesa,
sendo arrendado para a iniciativa Privada e se tornando uma imensa fazenda
extrativista de pau-brasil. Iriam se iniciar, então, as três décadas menos
documentadas e mais desconhecidas da História do Brasil.
Náufragos, Traficantes e Degredados
- As Primeiras Expedições do Brasil
Assinale o período histórico analisado pelo texto
acima e suas características.
a) Período Colonial, caracterizado pela monocultura
e economia exportadora de cana-de-açúcar.
b) Economia mineradora, marcada pelo povoamento da
área mineira e intensa vida urbana.
c) Período Pré-Colonial, fase de feitorias,
economia extrativista, utilização do escambo com os nativos, ausência de
colonização sistemática.
d) Fase da economia cafeeira, com acumulação
interna de capitais e sem grandes mudanças na estrutura de produção.
e)
Período Joanino, de grande abertura comercial e profundas transformações
culturais.
7. (Puc-rio) Leia as afirmativas a seguir sobre a
expedição de Pedro Álvares Cabral, que saiu de Lisboa em março de 1500:
I) A missão da esquadra era expandir a fé cristã e
estabelecer relações comerciais com o Oriente, de modo a trazer as valiosas
especiarias para Portugal; desta maneira, reunia num mesmo episódio os esforços
da Coroa, da Igreja e dos grupos mercantis do Reino.
II) Chegar às Índias através de um caminho
inteiramente marítimo só foi possível após o longo "périplo"
realizado pelas costa africana, durante o século XV, por diversos navegadores
portugueses, cujos expoentes foram Bartolomeu Dias e Vasco da Gama.
III) A viagem expressou a subordinação da Coroa
portuguesa à Igreja Católica, na época dos descobrimentos, já evidenciada
quando o Papa estabeleceu a partilha do Mundo Novo, em 1494, através do tratado
de Tordesilhas.
IV) Era objetivo da viagem tomar posse de terras a
Oeste, de modo a assegurar o controle do Oceano Atlântico Sul e,
consequentemente, da rota marítima para as Índias.
Assinale a alternativa que contém as afirmativas
corretas:
a) somente I, II e III.
b) somente I, III e IV.
c) somente II, III e IV.
d) somente I, II e IV.
e) todas
as afirmativas estão corretas.
8.
(Pucrs) Responder à questão sobre o período pré-colonial brasileiro, com base
no texto a seguir:
"... Da primeira vez que viestes aqui,
vós o fizestes somente para traficar. (...) Não recusáveis tomar nossas filhas
e nós nos julgávamos felizes quando elas tinham filhos. Nessa época, não
faláveis em aqui vos fixar. Apenas vos contentáveis com visitar-nos uma vez por
ano, permanecendo, entre nós, somente durante quatro ou cinco luas [meses].
Regressáveis então ao vosso país, levando os nossos gêneros para trocá-los com
aquilo que carecíamos."
(MAESTRI, Mário. "Terra do Brasil: a conquista
lusitana e o genocídio tupinambá". São Paulo: Moderna, 1993, p.86)
O texto anterior faz alusão ao comércio que marcou
o período pré-colonial brasileiro conhecido por
a) mita.
b) escambo.
c) encomienda.
d) mercantilismo.
e)
corvéia.
9.
(ENEM-2001) Os textos referem-se à integração do índio à chamada civilização
brasileira.
I. “Mais uma vez, nós, os povos indígenas, somos vítimas de
um pensamento que separa e que tenta nos eliminar cultural, social e até
fisicamente.A justificativa é a de que somos apenas 250 mil pessoas e o Brasil
não pode suportar esse ônus.(…) É preciso congelar essas idéias colonizadoras,
porque elas são irreais e hipócritas e também genocidas.(…) Nós, índios,
queremos falar, mas queremos ser escutados na nossa língua, nos nossos
costumes.”
Marcos
Terena, presidente do Comitê Intertribal Articulador dos Direitos
Indígenas na ONU e fundador das Nações Indígenas, Folha de S. Paulo, 31 de
agosto de 1994.
II. “O Brasil não terá índios no final do século XXI (…) E
por que isso? Pela razão muito simples que consiste no fato de o índio
brasileiro não ser distinto das demais comunidades primitivas que existiram no
mundo. A história não é outra coisa senão um processo civilizatório, que conduz
o homem, por conta própria ou por difusão da cultura, a passar do paleolítico
ao neolítico e do neolítico a um estágio civilizatório.”
Hélio
Jaguaribe, cientista político, Folha de S. Paulo, 2 de setembro de 1994.
Pode-se
afirmar, segundo os textos, que
a) Tanto
Terena quanto Jaguaribe propõem idéias inadequadas, pois o primeiro deseja a
aculturação feita pela “civilização branca”, e o segundo, o confinamento de
tribos.
b) Terena
quer transformar o Brasil numa terra só de índios, pois pretende mudar até
mesmo a língua do país, enquanto a idéia de Jaguaribe é anticonstitucional,
pois fere o direito à identidade cultural dos índios.
c) Terena
compreende que a melhor solução é que os brancos aprendam a língua tupi para
entender melhor o que dizem os índios. Jaguaribe é de opinião que, até o final
do século XXI, seja feita uma limpeza étnica no Brasil.
d) Terena
defende que a sociedade brasileira deve respeitar a cultura dos índios e
Jaguaribe acredita na inevitabilidade do processo de aculturação dos índios e
de sua incorporação à sociedade brasileira.
e) Terena
propõe que a integração indígena deve ser lenta, gradativa e progressiva, e
Jaguaribe propõe que essa integração resulte de decisão autônoma das
comunidades indígenas.
10. (Ufc)
Acerca das pretensões iniciais da exploração e conquista do Brasil, assinale a
alternativa correta.
a)
Interesses antropológicos levaram os portugueses a fazer contato com outros
povos, entre eles os índios do Brasil.
b) O rei
dom Manuel tinha-se proposto chegar às Índias navegando para o ocidente,
antecipando-se, assim, a Cristovão Colombo.
c) O
interesse científico de descobrir e classificar novas espécies motivou
cientistas portugueses para lançarem-se à aventura marítima.
d) Os
conquistadores estavam interessados em encontrar terras férteis para
desenvolver a cultura do trigo e, assim, dar solução às crises agrícolas que
sofriam em Portugal.
e) Os
portugueses estavam interessados nas riquezas que as novas terras descobertas
podiam conter, além de garantir a segurança da rota para as Indias.
11. (Ufes) Os Tupinikim, uma das maiores nações
indígenas brasileiras, possuíam as seguintes características no período
colonial:
I - viviam da pesca, da caça, da coleta de frutos e
raízes proporcionada pelas florestas e matas;
II - tiveram suas manifestações culturais,
tradições e ritos cerceados, nas regiões onde foram encampados pelos
aldeamentos jesuítas;
III - exploravam latifúndios respeitados pela
colonização branca e viviam pacificamente com os portugueses no interior do
Brasil;
IV - ocupavam parte do litoral brasileiro, na faixa
compreendida entre o sul da Bahia e o Paraná.
Em relação às proposições acima, está CORRETO o que
se afirma
a) apenas em I, II e III.
b) apenas em II, III e IV.
c) apenas em I, III e IV.
d) apenas em I, II e IV.
e) em
todas elas.
12. (Uff) A "Carta de Pero Vaz de
Caminha", escrita em 1500, é considerada como um dos documentos fundadores
da Terra Brasilis e reflete, em seu texto, valores gerais da cultura
renascentista, dentre os quais destaca-se:
a) a visão do índio como pertencente ao universo
não religioso, tendo em conta sua antropofagia;
b) a informação sobre os preconceitos desenvolvidos
pelo renascimento no que tange à impossibilidade de se formar nos trópicos uma
civilização católica e moderna;
c) a identificação do Novo Mundo como uma área de
insucesso devido à elevada temperatura que nada deixaria produzir;
d) a observação da natureza e do homem do Novo
Mundo como resultado da experiência da nova visão de homem, característica do
século XV;
e) a
consideração da natureza e do homem como inferiores ao que foi projetado por
Deus na Gênese.
13. (Uflavras) "O fato de Cabral
não ter trazido consigo nenhum padrão de pedra - com os quais desde os tempos
de Diogo Cão, os lusos assinalavam a posse de novas terras - já foi apontado
como uma prova de que o descobrimento do Brasil foi fortuito e que a expedição
não pretendia "descobrir novas terras, mas subjugar as já
conhecidas". Isto talvez seja fato. Mas por outro lado, é preciso lembrar
que a posse sobre aquele território já estava legalmente assegurada desde a
assinatura do Tratado de Tordesilhas - independentemente da colocação de
qualquer padrão."
(Eduardo Bueno. "A
Viagem do Descobrimento - A verdadeira história da expedição de Cabral".
1998, p.109.)
As alternativas abaixo correspondem a análises
possíveis do trecho em questão. Todas são verdadeiras, EXCETO:
a) o autor faz uma menção à "Tese da
Casualidade da Descoberta".
b) o autor é incondicionalmente favorável à segunda
tese e justifica-se pelas características do Tratado de Tordesilhas.
c) o autor se refere também à "Tese da
Intencionalidade da Descoberta".
d) para o autor, a questão dos "marcos de pedra"
pode apoiar ambas as teses.
e) o
autor não atribui grande importância à questão dos "marcos de pedra".
14.(ANGLO/SIMULADO/2000) Leia os excertos abaixo,
compare-os e assinale a alternativa que contém a asserção correta sobre eles.
Excerto I
“Esta [língua
tupi] é mui branda, a qualquer nação fácil de tomar (...): carece de três
letras, convém saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto
porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei e desta maneira vivem
desordenadamente sem terem além disto conta nem peso, nem medida.”
(Pero de
Magalhães Gandavo – cronista português do séc. XVI. História da Província de
Santa Cruz a que Vulgarmente Chamamos Brasil.)
Excerto
II
“Ora
sabereis que a sua riqueza de expressão intelectual é tão prodigiosa, que falam
numa língua e escrevem noutra. (...) Nas conversas utilizam-se os
paulistanos dum linguajar bárbaro e multifário, crasso de feição e impuro no
vernáculo, mas não deixa de ter o seu sabor e força nas apóstrofes, e também
nas vozes do brincar. (...) Mas se de tal desprezível língua se utilizam na
conversação os naturais desta terra, logo que tomam da pena, se despojam de
tanta asperidade, e surge o Homem Latino, de Lineu exprimindo-se numa outra
linguagem (...), que, com imperecível galhardia, se intitula: língua de
Camões!”
(Mário de
Andrade. Macunaíma, cap. IX — “Carta pras Icamiabas”, 1928).
a)
O comentário do cronista sobre a língua e a cultura indígena contém uma ironia
carregada de preconceito. Ao contrário disso, não há ironia cultural, só
lingüística, no que Macunaíma diz da língua portuguesa.
b)
O cronista colonial observa a ausência de três letras na língua indígena, F, L
e R, para concluir daí, sem nenhuma ironia, o estado de desordem em que viviam
os aborígines. Também não há ironia no que Macunaíma diz da língua portuguesa.
c)
A visão do colonizador português, contida no excerto I, é idêntica à do
colonizado, expressa no excerto II. Ambos se igualam na compreensão que revelam
das diferenças lingüísticas e culturais.
d)
A ironia do colonizador (excerto I) desmerece a língua e a cultura indígena. A
ironia do índio Macunaíma (excerto II) ridiculariza a colonização cultural dos
brasileiros, quando escrevem numa suposta “língua de Camões”, latinizada e
pomposa, que o próprio Macunaíma parodia em sua carta.
e) O texto de Gandavo mostra uma compreensão da
cultura indígena incomum para a sua época, ao tratá-la com respeito e
seriedade, sem nenhum traço de ironia. O mesmo não se pode dizer do
15. (Ufpe) As feitorias portuguesas no Novo Mundo
foram formas de assegurar, aos conquistadores, as terras descobertas. Sobre
essas feitorias, é correto afirmar que:
a) a feitoria foi uma forma de colonização,
empregada por portugueses na África, na Ásia e no Brasil, com pleno êxito para
a atividade agrícola.
b) as feitorias substituíram as capitanias
hereditárias durante o Governo Geral de Mem de Sá, como proposta mais moderna
de administração colonial.
c) as feitorias foram estabelecimentos fundados por
portugueses no litoral das terras conquistadas e serviam para armazenamento de
produtos da terra, que deveriam seguir para o mercado europeu.
d) tanto as feitorias portuguesas fundadas ao longo
do litoral brasileiro quanto as fundadas nas Índias tinham idêntico caráter: a
presença do Estado português e a ausência de interesses de particulares.
e) o
êxito das feitorias afastou a presença de corsários franceses e estimulou a
criação das capitanias hereditárias.
16. (Ufrrj) "Até agora não pudemos saber se há
ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal ou ferro; nem lha vimos. Contudo a
terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro e
Minho, porque neste tempo dagora assim os achávamos como os de lá. (As) águas são
muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar,
dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem! Contudo, o melhor fruto que
dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a
principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar. E que não houvesse mais
do que ter Vossa Alteza aqui esta pousada para essa navegação de Calicute
(isso) bastava. Quanto mais, disposição para se nela cumprir e fazer o que
Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa fé!"
("Carta de Pero Vaz Caminha ao Rei de
Portugal" em 1°/5/1500.)
Seguindo a evidente preocupação de descrever ao Rei
de Portugal tudo o que fora observado durante a curta estadia na terra
denominada de Vera Cruz, o escrivão da frota cabralina menciona, na citada
carta, possibilidades oferecidas pela terra recém-conhecida aos portugueses.
Dentre essas possibilidades estão
a) a extração de metais e pedras preciosas no
interior do território, área não explorada então pelos portugueses.
b) a pesca e a caça pela qualidade das águas e
terras onde aportaram os navios portugueses.
c) a extração de pau-brasil e a pecuária, de grande
valor econômico naquela virada de século.
d) a conversão dos indígenas ao catolicismo e a
utilização da nova terra como escala nas viagens ao Oriente.
e) a
conquista de Calicute a partir das terras brasileiras e a cura de doenças pelos
bons ares aqui encontrados.
17.
(GUIADOESTUDANTE/SIMULADO/2009) Leia os fragmentos abaixo:
– a terra
entre o povo Maxakali (vale do Mucuri, nordeste mineiro)
“Antigamente
os Maxakali mudavam muito. Por que os Maxakali mudavam muito? Há muito tempo
atrás tinha muita terra. A terra Maxakali era muito grande e os Maxakali viviam
mudando de um lugar para outro. Os poucos antepassados que ainda existiam
vieram de uma parte e de outra e se encontraram aqui (...). Enquanto os
Maxakali estavam aqui, com as terras grandes para eles, vieram os fazendeiros,
tomaram as terras e dividiram-nas entre si.(...)”.
Fonte:
Maxakali Mônâyxop `Ãgtux Yõg Tappet. O Livro que Conta Histórias de
Antigamente.
MEC,
Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. Projeto Nordeste/ PNUD,
1998.
p.71. Trad. Rafael Maxakali
– a terra
entre o povo Munduruku (Amazonas, Mato Grosso e Pará)
“(...)
A preocupação com a preservação da natureza tem feito com que muitos povos se
organizem para defender seus direitos garantidos pela Constituição Federal,
aprovada em 1988. Essas organizações indígenas sabem que a terra é sagrada e
tudo o que for feito a ela hoje atingirá, mais cedo ou mais tarde, todas as
pessoas do planeta."
Fonte:
MUNDURUKU, Daniel. Coisas de Índio – versão infantil. São Paulo, Callis
Editora, 2003. p.51-2
Entres os
povos indígenas mencionados prevalecem as concepções de:
a)
valorização da propriedade coletiva da terra e vínculo com a ancestralidade.
b)
valorização da posse privada da terra e negação das tradições herdadas dos
antepassados.
c)
valorização da posse coletiva da terra e negação de vínculos com a ancestralidade.
d)
valorização da posse privada da terra e negação dos valores ligados ao mundo
espiritual.
e)
valorização da posse coletiva da terra com desrespeito à natureza entendida
como bem mercantil.
18. A descoberta de novas terras por
navegadores portugueses e espanhóis alimentou a imaginação dos europeus e
fomentou uma visão paradisíaca do Novo Mundo. Com respeito a essa “visão do
paraíso” nos trópicos, é correto afirmar:
a) Os europeus esperavam encontrar monstros e outras entidades
mitológicas, o que se confirmou na presença de animais pré-históricos e seres
humanos estranhos.
b) Os temores com relação ao inesperado levaram muitas vezes os europeus
a demonstrar uma violência desumana contra os nativos do chamado Novo Mundo.
c) As descrições dos novos territórios, com suas florestas exuberantes e
seus pássaros exóticos, vinham confirmar as expectativas de descoberta do
Paraíso na Terra.
d) O encontro com seres de uma nova cultura, em um ambiente natural
diferente, criou um clima propício ao entendimento mútuo e ao respeito pela
vida humana, como era pregado pelos religiosos europeus.
e) Os primeiros colonizadores europeus ficaram maravilhados com a
cultura indígena a ponto de sofrerem influência direta dos valores nativos.
19. Pero Vaz de Caminha, em sua carta ao rei D. Manoel, ressaltava que a
salvação dos índios era a mais imediata contribuição à terra. Algumas décadas
depois, o ensino colonial desenvolvia-se fortemente influenciado pela cultura
religiosa do colonizador. Sobre os primeiros educadores da fase colonial, é
correto afirmar que eles:
a) Conseguiram dissociar a evangelização do processo colonizador
luso-brasileiro.
b) Permaneceram alheios ou indiferentes aos abusos praticados pelos
senhores de escravos. c) Presos às ideias etnocêntricas europeias, ignoraram as
línguas indígenas. d) Pretenderam espalhar a fé, tomando novos súditos tementes
a Deus e obedientes ao rei. e) Tinham por objetivo promover à Igreja Católica,
mantendo intacta a cultura indígena.
20. Sobre
a organização econômica, social e política das comunidades indígenas
brasileiras, no período inicial da conquista do território pelos portugueses, é
correto afirmar:
I. Os
nativos viviam em regime de comunidade primitiva, em que a terra era de
propriedade privada dos casais e os instrumentos de trabalho eram de
propriedade coletiva.
II. A
divisão das tarefas era por sexo e por idade; as mulheres cozinhavam, cuidavam
das crianças, plantavam e colhiam; os homens participavam de atividades
guerreiras, da caça, da pesca e da derrubada da floresta para fazer a lavoura.
III. A
sociedade era organizada em classes sociais, sendo o excedente da produção
controlado pelos chefes das aldeias, responsáveis pela distribuição dos bens
entre os indígenas.
IV. Os
indígenas brasileiros não praticavam o comércio pois tudo que produziam
destinava-se à subsistência, realizando apenas trocas rituais de presentes.
Está(ão)
correta(s)
a) apenas
I e II.
b) apenas
I e III.
c) apenas
III.
d) apenas
IV.
e) apenas
II e IV.
GABARITO
Brasil Pré-colonial
1.C 2.B 3.C 4.A 5.C 6.C 7.D 8.B 9.D
1.C 2.B 3.C 4.A 5.C 6.C 7.D 8.B 9.D
10.E
11.D 12.D 13.E 14.D 15.C 16.D
17.A 18.B
19.D
20.E
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