REVOLTAS
REGENCIAIS
"O período regencial foi um dos mais
agitados da história política do país e também um dos mais importantes.
Naqueles anos, esteve em jogo a unidade territorial do Brasil, e o centro do
debate político foi dominado pelos temas da centralização ou descentralização
do poder, do grau de autonomia das províncias e da organização das Forças
Armadas."
(FAUSTO, Boris. HISTÓRIA DO BRASIL. 2 ed. São
Paulo: EDUSP, 1995. p. 161.)
Revolução |
Local/
Data
|
Grupos
Sociais
|
Fatores/
Estopim
|
Objetivos/
Propostas
|
Lideres
|
Consequências
|
Revolta
do
Malês
|
Bahia:
1835
|
negros
pobres e escravizados (a maioria de origem muçulmana)
|
condições
de vida e de trabalho; perda da identidade cultural e religiosa
|
fim
da escravidão; igualdade racial; liberdade cultural e religiosa para os
negros
|
Manoel
Calafate
Luiz
Salin
Nicobe
Dissalu
|
repressão
violenta: prisões e execuções de líderes e participantes
|
Cabanagem
|
Pará:
1835 – 1840
|
camadas
populares – homens pobres em geral e
escravos
|
condições
de vida e de trabalho; instabilidade social e política
|
fim
da escravidão; distribuição de terras aos pobres; melhores condições de vida
|
Irmãos
Vinagre e Eduardo Angelim, entre outros
|
repressão
violenta: aproximadamente 60 mil mortos
|
Farroupilha |
Rio
Grande do Sul (com focos em
S. Catarina: 1835 –1845
|
estanceiros
– proprietários de terras e de fazendas de gado); forte participação das
camadas populares
|
crise
econômica crônica; declínio geral das condições de vida do povo; crise política; estopim – aumento de impostos
|
reformas
políticas; protecionismo alfandegário; proclamação das repúblicas do
Piratini (RS) e de Juliana (SC)
|
Bento
Gonçalves; Davi Canabarro e Giusepe Garibaldi (italiano)
|
dez
anos de guerra; cerca de 10 mil mortos; paz negociada com anistia geral dos
participantes e líderes
|
Sabinada
|
Bahia:
1837 - 1838
|
camadas
médias
|
crise
econômica e centralismo, crise e instabilidade política da Regência
|
proclamação
de uma “república temporária” – a “Republica Bahiense” – até a maioridade de
D. Pedro II
|
Francisco
Sabino Vieira (médico)
|
repressão
violenta: aproximadamente 2 mil mortos; além de presos e exilados
|
Balaiada |
Maranhão1838-1841
(focos no Piauí)
|
camadas
populares – homens pobres em geral e
escravos
|
condições
de vida e de trabalho; instabilidade social e política
|
fim
da escravidão; distribuição de terras aos pobres; melhores condições de vida
|
Manoel
F. dos Anjos (fazedor de balaios); Raimundo Gomes (vaqueiro) e o negro Cosme
(escravo fugido e aquilombado)
|
repressão
violenta:
16 mil mortos
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário